top of page

Abajur Cor de Carne, Cartografia pela Dança

Abajur Cor de Carne – Cartografia pela Dança, é montado com recursos do Edital de seleção de projetos n° 024/2018 - Seleção de Projetos Culturais Setoriais de Dança no Estado do  Espírito Santo.

Fundamentado em dados sobre os índices de violência contra a mulher, o Coletivo propõe uma criação colaborativa para denunciar uma cultura de violência de gênero que perpassa as ações sutis do cotidiano e chega às ações drásticas como os inúmeros casos de feminicídio; essas linguagens se atravessam também criando um manifesto que convoca à reflexão sobre a necessidade e a urgência de serem revistas as ações e posicionamentos diante disso.

 

SINOPSE​

​

Abajur cor de carne

Risco o mapa de minha história

Ele é o desenho de mim mesma.

Embora eu não fale pelas minhas cicatrizes, estou cheia delas, veja a minha cara.

Olhe para o meu corpo.

Permita que eu fale? Não.

Eu falarei.

E falo por mim e por minhas irmãs.

Pois sou nossa voz, não nossas marcas.

Sou as vozes das que estão, das que foram, das que irão - e com a fé de quem usa o corpo como arma, e não arma contra corpos.

Não mexe comigo, não me acenda - não sou abajur de mesa, sou luz de meio dia: eu não dou luz, eu queimo; não ilumino, incendeio; meu fogo é correnteza e atravessa a mesa e a inunda de calor. E eu não ando só.

Contemple-me.

Turva, pareço; essas são marcas externas, mas não se engane: as de dentro afogam.

Mas não se engane: eu não sou abajur de mesa pra que você acenda. Sou carne. E meu corpo é fogo, é força, é voz. Sou o sol que ultrapassa o teu desejo, que ilumina o mapa do meu tempo. E não estou sozinha. Ilumino caminhos com meu corpo que é cura, carne, cartografia. Com meu corpo que desenha a dor mas não fala em sua sombra; com meu corpo-cicatriz que rabisca a minha poesia. Não tua luz, teu projetor, teu abajur, tua carne. Sou minha, só minha - e não de quem quiser. Sou minha carne, minha cor, o meu próprio amor. Sou o desenho de minha existência, de minha história, de meu sangue que brota de meu ventre. Não abajur. Não objeto. Não violência. Existo. Resisto. E não morro.

Thay Bettini

 

 

HISTÓRICO

​

Estreia: Setembro de 2019.

Duração: 50 minutos.

Prêmio: Edital nº 024/2018 de Seleção de Projetos Culturais Setoriais de Dança no Estado do Espírito Santo Secult/ES.

​

FICHA TÉCNICA

​

Organização: Coletivo Emaranhado e Bule Estúdio Criativo.

Direção de Produção: Maicom Souza.

Direção Artística: Ricardo Reis.

Direção Musical e Trilha: Dori Sant’Ana.

Bailarinxs: Amanda Luzia, Diedra Rovena, Elaine Vieira, Erica Ortolan, Julia Moraes, Léia Rodrigues, Maicom Souza, Paloma Rigamonte, Ricardo Reis e Thay Bettini.

Audiovisual: Daiana Rocha e Bule Estúdio Criativo.

Fotografia: Bernardo Firme.

Arte Gráfica: Letícia Villa.

Produção Executiva: Karla Parmagnani.

Apoio: Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo e Reverence Studio de Dança.

​

​

​

​

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LIVRO

 

Abajur Cor de Carne – Cartografia pela Dança: possíveis epistemologias de uma arte negro-brasileira

 

Autoras/Autores: Maicom Souza e Silva; Thaynah Bettini; Érica Ortolan da Vitória; Ricardo Domingos dos Reis; Paloma Rigamonte;  Elaine Augusta da Silva Vieira .

​

ACESSE O LIVRO GRATUITO:

https://issuu.com/coletivoemaranhado

 

Este projeto conta com a idealização Maicom Souza, realização da Bule Estúdio Criativo, com recursos da Lei Aldir Blanc, por intermédio da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo, direcionados pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo e pelo Governo Federal. Projeto aprovado no projeto aprovado no Edital de seleção de projetos e concessão de prêmio “Cultura Digital” - apoio à produção de conteúdos digitais no estado do Espírito Santo. Edital de Seleção de Projetos Lei Aldir Blanc 2020. Categoria D – Produção de Conteúdo Digital - Outros Formatos.

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

Capa Facebook.jpg
bottom of page